segunda-feira, 29 de dezembro de 2014




AMIGO


Como seria bom ser o amigo
das horas borralheiras… Ao teu lado,
ouvir o teu silêncio e assim, calado,
falar de sonhos e sonhar contigo.

Tentar desassombrar do tempo antigo
as mais doces lembranças do passado.
Ficar de ouvido atento, acostumado
a mansuetude própria de um amigo.

Deixar que o sonho forje a realidade,
burlando os sentimentos de saudade
que as existências sempre têm consigo.

Permita que te diga esta verdade:
– Não existe maior felicidade
do que ser e saber ter um amigo.




Não temos como saber como será nosso próximo ano.
Ano novo, novos sonhos, novos planos, nova caminhada…
Mas, certamente colheremos os frutos do que plantamos em 2014.
Se preparamos o solo, se escolhemos bem as sementes, se as adubamos corretamente, com certeza, nossa colheita será pródiga.
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Se eu pudesse escolher, pediria que o novo ano fosse a nossa estação de encontros, onde celebraremos os laços existentes.
Meu desejo é que nossos passos não se distanciem muito. Amigos não se encontram por acaso e um amigo é sempre necessário, mesmo que seja só para nos desejar um “bom dia”.
Se pudermos trocar sorrisos… sonhar juntos… que assim seja!
Mas, se por qualquer razão, nossos horizontes não forem os mesmos, lembremos com carinho dos nossos momentos… daqueles momentos em que o riso correu solto… daqueles em que nos preocupamos e até daqueles momentos em que duvidamos…
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Feliz daquele que se inebria com o perfume de uma amizade.
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Deus nos deu a lembrança para termos flores no inverno… então, que as nossas sejam as mais delicadas, as mais perfumadas e as mais coloridas.
E cuidemos para que o nosso ano novo seja realmente um novo ano:
– O melhor ano do resto de nossas vidas!
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Obrigado por tua amizade neste ano que passou tão rápido…
Boas festas e muita paz!
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Mário Campello

terça-feira, 8 de julho de 2014

. Costa Rica: - Que país é este?



A Costa Rica é um país da América Central limitado a norte pela Nicarágua, a leste pelo mar do Caribe, a sudeste pelo Panamá e a oeste pelo oceano Pacífico. É também costarriquenha a Ilha do Coco, no mesmo oceano. A capital é San José.
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Além de apresentar um futebol exuberante, superando as seleções do Uruguai, Itália e empatando com a Inglaterra, Costa Rica ganhou a minha simpatia e admiração pela política que vem desenvolvendo ao longo de sua história.
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Abaixo, listo 7 motivos curiosos e, ao meu ver, dignos dos maiores elogios:
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1. Costa Rica é um dos países democráticos mais consolidados das Américas, e é o único país da América Latina incluso na lista das 22 democracias mais antigas do mundo. O país aboliu o exército no dia 1 de dezembro de 1948.
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2. Costa Rica ocupa o quinto lugar a nível mundial na classificação do Índice de Desempenho Ambiental de 2012 e o primeiro lugar entre os países do continente americano.
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3. Na classificação do Índice de Competitividade em Viagens e Turismo de 2011 a Costa Rica ficou no 44º lugar em nível mundial e em segundo na América Latina, superada somente pelo México.
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4. Atualmente seu Índice de Desenvolvimento Humano é o sétimo melhor da América Latina e o segundo da América Central. Em 2010 o PNUD destacou que a Costa Rica está entre os poucos países que tem alcançado um maior desenvolvimento humano comparado com outros países ao mesmo nível de receita per capita.
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5. Em 2007 o Governo da Costa Rica anunciou planos para converter-se no primeiro país do mundo neutral em carbono para o ano 2021, quando completar seu bicentenário como país independente.
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6. Segundo a Fundação Nova Economía (FNE), Costa Rica ocupa o primeiro lugar no Índice do Planeta Feliz (HPI), o Brasil está em 9º lugar. O Happy Planet Index não é uma forma de quantificar quais os países mais felizes do mundo. É antes uma forma de medir a eficiência com que uma nação converte os seus recursos naturais em vidas longas e felizes para os seus cidadãos. Cada valor associado a um país tem em conta o nível de satisfação subjetiva, esperança média de vida e a pegada ecológica per capita.
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7. E, se não bastasse o acima exposto, o presidente da Costa Rica, Luís Guillermo Solís, eleito em abril com uma votação histórica, após uma campanha que prometeu transparência e eliminação de gastos supérfluos, assinou um decreto que proíbe a inserção de seu nome em placas de inauguração de obras públicas e veta o uso de seu retrato em repartições do governo no país. Pontes, rodovias e edifícios entregues em seu mandato não conterão seu nome. — Eliminaremos as placas com nomes em todas as obras públicas no meu governo, pois as obras são do país e não do governo ou de um funcionário em particular — disse Solís. — O culto da imagem do presidente acabou, ao menos no meu governo.
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Não é de se admirar um país assim?
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Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Costa_Rica
http://oglobo.globo.com/mundo/governo-da-costa-rica-poe-fim-ao-culto-da-personalidade-presidencial-13030468#ixzz36bSPEUxW

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O que nos dizem as ruas?

Não é bom, nem justo, nem honesto simplificar o complexo fenômeno social que se manifesta atualmente nas ruas do Brasil. Não há uma motivação única para os protestos que se espalharam pelas principais cidades do país. Há questões gerais e universais ao lado de outros locais e setoriais. Há aspectos que aproximam os manifestantes de São Paulo aos do Rio aos de belo Horizonte aos de Brasilia e de Porto alegre e, outros tantos, que os distanciam. O papel da internet e das redes sociais é central e, em geral, os políticos e formadores de opinião não o tem compreendido minimamente. Percebo que estamos diante da expressão política do novo Brasil. A revolução democrática, levada a termo na última década, redefiniu a estrutura de classes da sociedade brasileira, incluiu milhões de brasileiros à sociedade de consumo e possibilitou a emergência de novas expressões culturais e políticas. Mas o inédito processo de inclusão social e econômica ainda é imperfeito, inconcluso, contraditório e com dinâmicas políticas imprevisíveis, mas algumas pistas são visíveis e exigem uma reflexão mais adensada. As conquistas sociais dos últimos anos vieram acompanhadas da despolitização da política. O Congresso Nacional é constrangedoramente tradicional e os partidos de esquerda estão paralisados e todos, distanciando, ainda mais, a juventude da política tradicional. Recentemente, tivemos manifestações espontâneas, em todo o país, contra a indicação do pastor Marcos Feliciano à Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional e ninguém propunha uma ditadura com o fechamento do Congresso ou a criminalização dos políticos. E o que fez nosso Parlamento enquanto Instituição? Nada. Esperou solenemente o movimento se dispersar. Frente à onda conservadora que estimula a homofobia, o racismo e a violência sexista, o que têm feito os partidos políticos? Nada. Os ruralistas de sempre se organizam no Congresso Nacional para anular os direitos dos indígenas e o que dizem nossos parlamentares progressistas? Nada. Há grandes conquistas atualmente, mas também há incerteza e imprecisão quanto aos próximos passos. Demandas históricas não atendidas carecem de respostas mais amplas. Além disso, novas questões sempre se impõem num cenário de conquistas sociais e políticas. Pois, se é verdade que os últimos governos incluíram milhões e possibilitaram acesso a inúmeros serviços antes inacessíveis, também é verdade que temos, em diversas áreas, serviços de baixa qualidade e, fundamentalmente, caros. O transporte nas grandes cidades é um drama cotidiano para milhões de brasileiros. Temos pleno emprego em diversas regiões metropolitanas do país e, no entanto, ainda temos um oceano de precariedade e informalidade. E aqueles que ingressaram na sociedade de consumo nos últimos anos, legitimamente, querem mais: anseiam por cultura, lazer, mais e melhores serviços, educação de qualidade, saúde, segurança e transportes. São os efeitos colaterais de toda experiência exitosa de redução das desigualdades sociais e econômicas. Evidentemente, há ainda o afastamento e o desencantamento com a política e os políticos. A denominada "crise da representação" não é um conceito acadêmico abstrato. O déficit de democracia e de legitimidade das Instituições políticas colocam em xeque a capacidade dos atuais representantes em absorver e compreender as novas dinâmicas sociais e políticas que se expressam nas ruas do país. Nossa jovem democracia corre o risco de caducar precocemente, caso não tenhamos êxito em ressignificá-la e reaproximá-la dos setores sociais mais dinâmicos. Essas seriam algumas das questões mais gerais que aproximam os movimentos das ruas, mas há ainda outros temas locais que incidem sobre pessoas a partir de questões mais sensíveis a partir de sua vivência concreta nos territórios. O Rio de Janeiro, por exemplo, se tornou uma das cidades mais caras do mundo. Há uma reorganização em grande escala do espaço urbano e há setores sociais que se sentem completamente alheios (e marginalizados) ao processo de "modernização" da cidade. Em São Paulo, temos uma polícia orientada para o uso desmedido e desproporcional da força e da violência, e isso não diz respeito somente aos dias de protestos. Também há ali um tipo de violência estrutural contra homossexuais e mulheres sem que o Poder Público organize qualquer resposta mais contundente. Poderíamos estender a lista. Por fim, cumpre não outorgar, de forma alguma, às elites brasileiras uma capacidade de mobilização que ela não possui e jamais possuirá. Refutar a ideia de que os jovens e adultos que estão nas ruas são “baderneiros” é o primeiro passo para cair em um erro elementar que seria bloquear qualquer possibilidade de dialogo com esses novos movimentos. Melhor acreditar que é possível extrair do atual momento elementos para a renovação da agenda da política brasileira e reforçar os laços que unem os governos progressistas da América Latina a todas as lutas contra as diversas formas de exclusão social. É hora de reforçarmos nossa capacidade de dialogo, de escuta, e ouvir a voz nada rouca das ruas, a mesma que nossos adversários sempre buscaram silenciar. Estamos diante de uma oportunidade singular para renovarmos nossos discursos e nossas práticas, projetando o próximo passo da Revolução Democrática no Brasil com base na força sempre renovadora das mobilizações sociais. (Padre Antonio Piber)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

. Ano Novo




Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente...

Para você, desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.

Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas...
Mas nada seria suficiente...

Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos GRANDES e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade!!!


(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 18 de dezembro de 2011

. Onde você coloca o sal?




O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não… - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem, do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos para mudar o que somos...


(Autor desconhecido)

domingo, 11 de dezembro de 2011

. Mamãe Noel


Sabe por que Papai Noel não existe? Porque é homem. Dá para acreditar que um homem vai se preocupar em escolher o presente de cada pessoa da família, ele que nem compra as próprias meias? Que vai carregar nas costas um saco pesadíssimo, ele que reclama até para colocar o lixo no corredor? Que toparia usar vermelho dos pés à cabeça, ele que só abandonou o marrom depois que conheceu o azul-marinho? Que andaria num trenó puxado por renas, sem ar-condicionado, direção hidráulica e air-bag? Que pagaria o mico de descer por uma chaminé para receber em troca o sorriso das criancinhas? Ele não faria isso nem pelo sorriso da Luana Piovani! Mamãe Noel, sim, existe.

Quem é a melhor amiga do Molocoton, quem sabe a diferença entre a Mulan e a Esmeralda, quem conhece o nome de todas as Chiquititas, quem merecia ser sócia-majoritária da Superfestas? Não é o bom velhinho.

Quem coloca guirlandas nas portas, velas perfumadas nos castiçais, arranjos e flores vermelhas pela casa? Quem monta a árvore de Natal, harmonizando bolas, anjos, fitas e luzinhas, e deixando tudo combinando com o sofá e os tapetes? E quem desmonta essa parafernália toda no dia 6 de janeiro?

Papai Noel ainda está de ressaca no Dia de Reis. Quem enche a geladeira de cerveja, coca-cola e champanhe? Quem providencia o peru, o arroz à grega, o sarrabulho, as castanhas, o musse de atum, as lentilhas, os guardanapinhos decorados, os cálices lavadinhos, a toalha bem passada e ainda lembra de deixar algum disco meloso à mão?

Quem lembra de dar uma lembrancinha para o zelador, o porteiro, o carteiro, o entregador de jornal, o cabeleireiro, a diarista? Quem compra o presente do amigo-secreto do escritório do Papai Noel? Deveria ser o próprio, tão magnânimo, mas ele não tem tempo para essas coisas. Anda muito requisitado como garoto-propaganda.

Enquanto Papai Noel distribui beijos e pirulitos, bem acomodado em seu trono no shopping, quem entra em todas as lojas, pesquisa todos os preços, carrega sacolas, confere listas, lembra da sogra, do sogro, dos cunhados, dos irmãos, entra no cheque especial, deixa o carro no sol e chega em casa sofrendo porque comprou os mesmos presentes do ano passado?

Por trás do protagonista desse megaevento chamado Natal existe alguém em quem todos deveriam acreditar mais.

(Martha Medeiros)

sábado, 3 de dezembro de 2011

. Uma só pergunta:




Quantas frases bonitas e inspiradoras você leu esta semana na Internet, nos e-mails que recebeu, em alguma revista ou em um livro?

Frases que registrou ou pensou em registrar em seu diário ou num caderno de notas?

E, dessas todas, quantas você escolheu para dar vida, tirando-as do limbo das meras palavras?

A quais você entregou o sopro vital, sua energia pessoal, e transformou em VIDA-VIVIDA-ATRAVÉS-DE-VOCÊ, em realidade integralmente experienciada?

A uma, pelo menos?
Ma-ra-vi-lha!

Então valeu a pena toda a semeadura!

Pois entre milhões de mensagens potencialmente transformadoras digitadas por muitos milhões de dedos e lidas por milhões de olhos, todas destinadas ao esquecimento quase imediato, uma, pelo menos, ganhou vida através de você, germinando e transformando o alguém que a viveu.

É esse o propósito das palavras, o único propósito das mensagens: transformar quem as preenche com vida, transformando-se.

O que não é vivido morre sem germinar, apenas palavras fugazes apagadas pelas próximas mensagens, pelos próximos sites, pelos próximos e-mails.

E se nenhuma ficou, se a mecanicidade do dia-a-dia mastigou e cuspiu as palavras que, por um instante, lhe pareceram mensagens tão verdadeiras e profundas, não faz mal: recomece!

Quando ler as próximas mensagens, visitar os próximos sites inspiradores, receber os próximos e-mails especiais, pare um instante para identificar os ecos que as palavras despertam em você e permaneça com isso, seja o que for.

Fique com o que aflorar em você através da mensagem: - uma pergunta intrigante, um sentimento incômodo, um entusiasmo ainda sem alvo.

Fique com isso como se fosse sua sombra, sua segunda pele.

E assim você poderá descobrir, por experiência própria, que o valor e a profundidade de uma mensagem não estão nela, mas em quem a vive, em você!

Só quando você se abre para dar vida às palavras de uma mensagem transformadora, só então elas despertam e começam a germinar, e só assim você se beneficia delas.

Sem isso, nada...

Prepare-se então, seja um terreno sempre propício para a semeadura, pois nunca sabemos a hora em que uma semente salvadora será lançada em nós pelos ventos ou vendavais da Vida.

(autor desconhecido)